domingo, 19 de maio de 2013

Babies - um olhar antropológico

JULIANA FRANZIN PAVAN
 
 BABIES - UM OLHAR ANTROPOLÓGICO
 
Resenha do Documentário Babies (Thomas Balmes),
apresentada à disciplina de Antropologia, para o
Curso de Graduação em Psicologia na Universidade
Metodista de Piracicaba.
 
Docente: Maria Heloísa
Piracicaba - 2013
 
 
 
 
 

Ao contrário do que inicialmente pensamos, o documentário Babies não busca mostrar as diferenças entre pobres e ricos, ocidentais e orientais. A ideia é justamente reforçar o quanto todos somos iguais até sermos moldados pelas circunstâncias de nossa criação e cultura, e como as diferenças culturais se refletem na formação de uma criança.
Ele nos mostra a diversidade de condições em que nós, seres humanos, podemos viver, sem deixar de sermos criaturas da mesma espécie, independentemente da cultura e das superficiais características físicas.
Vemos todos os bebês rindo, chorando e com medo. Cada um deles busca com curiosidade conhecer o mundo ao seu redor, os objetos e os animais. Cada um, em seu tempo, aprende a balbuciar e imitar a fala dos adultos. Todos eles experimentam os primeiros passos e as primeiras quedas.
Ao mesmo tempo, vemos como são diversas as culturas. Enquanto o bebê namibiano engatinha nu na terra e brinca com ossos de animais, a menina americana é cercada de cuidados e vive na maior higiene esterilizadora. Os ambientes em que vivem são bem diferentes. O menino mongólico está sempre rodeado de animais, enquanto a japonesinha só tem contato com seu gato doméstico e vê os animais pelo vidro, no zoológico.
As mães e pais têm técnicas e modos diferentes de lidar com os mesmos problemas. A mãe namibiana, por exemplo, limpa os olhos de seu bebê com a língua, enquanto a mãe mongólica lava os do seu com o leite do próprio seio.
As diferenças entre o ambiente urbano e o rural traz uma socialização diferente também. Na cidade, o contato familiar quase se restringe ao convívio com os pais e com adultos que fazem parte do círculo de amizades dos pais ou de grupos dos quais eles participam. Já as crianças do mundo rural têm relação mais próxima com a família extensa, irmãos, primos, tios e avós.
A gente percebe nesse documentário, que desde muito cedo em sua vida, o ser humano está rodeado de estímulos e imerso nos hábitos e costumes dos adultos. Isso nos ajuda a entender porque uma cultura fica tão entranhada no indivíduo, que fica acostumado com os padrões de comportamento que presencia e repete esse mesmo modo de viver e ver o mundo.

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